Vestidos de preto e distribuindo panfletos, um grupo de trabalhadores, composto pela diretoria do SINDSFOP e funcionários da UPA Ouro Preto, realizou um protesto contra o sucateamento do munícipio na última terça-feira, dia 4 de dezembro, em frente à UPA. Além do atraso dos salários, os trabalhadores reclamam da falta de insumos, equipamentos, estrutura física precária, quantidade inferior de servidores à demanda da população e até casos de violência. A convocação foi realizada pelo SINDSFOP, que, desde 2017, vem denunciando situações graves vividas pelos servidores em seus locais de trabalhos. A população ouro-pretana que buscava atendimento no local também se posicionou contra o sucateamento do município, demonstrando indignação com a situação degradante vivenciada.
A situação atual de Ouro Preto reflete no aumento do número de doenças funcionais, bem como nos casos de endividamento dos trabalhadores. Os primeiros dois anos de gestão do Prefeito Júlio Pimenta foram marcados por aumento da defasagem salarial, descumprimento dos Acordos Coletivos, perda de direitos, terceirização, atrasos nos salários, assédio moral e sucateamento dos serviços públicos.
A falta de organização fez com que a prefeitura descumprisse várias cláusulas dos Acordos Coletivos. Os atrasos na entrega dos vales transportes e no pagamento do vale-refeição tornaram-se frequentes. Além disso, até o final de novembro, somente cinco dos mais de cento e vinte servidores que se aposentaram entre maio e dezembro do ano passado, receberam a bonificação referente a um ano de Vale Alimentação. O município tem descumprido também a lei 44/2002 que trata da contratação por tempo determinado, ocorrendo diversas admissões ou renovações de contratos de forma irregular, especialmente na Secretaria de Saúde.
A diretoria do SINDSFOP vem cobrando do executivo a resolução destes problemas e ações voltadas para a melhoria da eficiência administrativa municipal. A pressão conjunta na UPA foi uma das ações do sindicato nesse sentido.